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Assunto: As vozes de Johnny Depp Ter Mar 29, 2011 5:37 pm
Johnny Depp tem uma voz linda, não poderiamos deixar de falar nela... Ele a usa como ferramenta imprescindível para compor seus personagens. Sabemos que ele é o camaleão de Hollywood, mas não é só nos figurinos e maquiagem.
Sua voz se adapta ao personagem, ele muda o timbre, o sotaque, cria sons, canta. Sim CANTA divinamente, embora ele teime em dizer o contrário.
Estamos fartos de ver os grandes nomes do cinema fazerem seu trabalho, e não mudam nada, sempre a mesma voz e a mesma cara. Só muda o texto e o cenário.
Se tiverem um tempinho, comparem as vozes que Johnny fez em Willi Wonka, Mort Rainey, Mad Hatter…
Eu não posso encher essa matéria de videos. Mas gostaria, heheh.
Vamos relembrar alguns…
Sweeney Tood – Johnny falou que 6 anos antes, Tim Burton lhe enviou um cd com as músicas, dizendo: Ouça isto!
Johnny pensou: Ele está aprontando alguma pra mim.
Dito e feito, alguns anos depois veio a proposta de levar a peça musical mundialmente famosa de Stephen Sondheim, para as telas, com Johnny cantando. Ele teve que chamar o amigo da antiga banda em que fazia parte, para dar uma ajuda, ensiná-lo algumas coisas. Falou também que quando estava gravando Piratas 3, fazia um percurso de 2 horas de viagem todos os dias, então ia ouvindo e cantando as músicas no carro.
E para quem não sabe cantar…olha só o que saiu:
Eu só sei que nas sessões Cine Johnny do fórum, quando o filme escolhido é Sweeney Tood, a mulherada se esgoela cantando junto e chorando em algumas partes. A que faz mais sucesso é My Friends. Não tem quem não se emocione. Johnny e Helena Bonhan Carter soltam a voz.
Em “Em busca da terra do nunca”, Johnny interpreta o dramaturgo James M. Barrie, na fase de criação de sua obra-prima “Peter Pan”.
Citação :
Fiz um escocês oriental, como Aberdeen, em “Em busca da Terra do Nunca” e eu sempre fui meio interessado em Glasgow porque há um verdadeiro perigo nisso”.
Em Don Juan De Marco, podem ver nos vídeos num dos posts anteriores, a voz doce, romântica, sensual e com o sotaque espanhol.
Willy Wonka, apesar de adulto e dono da fabrica de chocolates, fala como criança, Johnny inspirou-se em apresentador de programas infantis. Mas imprime um “ar” de criança um tanto sarcástica, pois o personagem não gostava de crianças.
E o que dizer de John Dillinger, em Inimigos Publicos! A voz firme, máscula de um gangster.
Em “Alice no pais das Maravilhas”, o Mad Hatter, muito peculiar, fala com um sotaque escocês quando está triste, nervoso, quando lembra do passado, quando ele precisa ser protetor. Quando está normal, usa um sotaque mais britânico.
Piratas do Caribe – Este é inconfundível. O capitão Jack Sparrow tem a voz grave, escorregadia, enrolada, bêbada.
Rango – Está atualmente nas telonas. Uma animação onde Johnny empresta sua voz para o personagem principal, para essa voz, ele se baseou na situação em que as pessoas quando precisam mentir ou exagerar em algo, sua voz fica um pouco mais alta e aguda. É daí que veio a voz de Rango.
E agora, a parte melhor dessa história toda. Encontrei uma “pérola”!
Nesse vídeo tem a maioria das vozes dos personagens, mas o melhor ainda é que tem ao fundo um texto do filme ” Arizona Dream” do Kusturica, ao som da música de Goran Bregovic, lindíssima, completando com a voz de Johnny interpretando o texto.
Algumas de nós no fórum, temos só o áudio, no pc, e ouvimos com frequência, tem gente até que já colocou no despertador do celular.
Mas quem quizer colocar para dormir, é uma canção de ninar relaxante e maravilhosa.
Citação :
Como você escolhe seus personagens e como é pular de um grande personagem para outro? JD: Tudo depende do material e do que é necessário para cada personagem. Foi interessante para mim sair de Inimigos Públicos onde interpretei John Dillinger – uma pessoa real com uma intensa gravidade em volta dele – e ir direto para o Chapeleiro (Alice no País das Maravilhas). Foi libertador porque este personagem poderia ser, essencialmente, qualquer coisa. Em um minuto ele está assustado como uma criança e no próximo ele está tomado pela raiva, falando com um sotaque escocês. Para mim foi como ter entrado em um foguete e ter sido enviado a Estratosfera… Como um ator, eu acho que você precisa ser diferente cada vez para não entediar a si mesmo, não entediar a audiência.
Dito isto, alguém aí ainda tem coragem de assistir um filme dublado? Eu diria que a metade do trabalho do ator está na voz, na entonação, no timbre, no sentimento, no sotaque que ele imprime. Como desperdiçar isto?